segunda-feira, 5 de outubro de 2009

MEU PATINETE



Eu morava em um sobrado no bairro do Ipiranga, e tinha uns 13 anos, havia ganhado do meu padrinho um Walk Machine (patinete motorizado), em que precisava de gasolina a cada meia hora, pois eu não parava com aquilo de jeito nenhum, minha mãe havia convidado uns fregueses da Lanchonete para ir lá em casa, na verdade meu pai não gostava muito disso (meu pai era bem diferente de mim e minha mãe, ele não gostava muito de gente). Era um domingão e já estava perto do horário do almoço e as visitas já estavam lá em casa para filar a bóia, eu estava com meu patinete já acabando a gasolina e já sabia que meu pai não daria mais dinheiro, então pensei: _Está cheio de visita lá em casa, vou pedir na frente de todo mundo meu pai não vai negar. Pois bem, cheguei para ele e falei, mais a resposta foi negativa de pronto... tentei insistir mais não teve jeito, ai meu pai teve a infelicidade de me falar que ainda tinha gasolina porque eu estava andando com o “bendito” patinete, tentei explicar-lhe que a gasolina só chegava até o posto, mais ele pensava que eu queria jogar fliperama (que era minha outra mania, mais era aqueles de bolinha, nem sei se ainda existe). Ai me subiu o sangue. Simplesmente entrei andando com o patinete na sala jantar de casa (detalhe: em cima do tapete) coloquei o patinete no pezinho e fiquei acelerando e aquela fumaceira comendo solta (na verdade eu sabia o risco que estava correndo, mais qualquer coisa eu corria para o banheiro) e falava: _ Que ver vai acabar a gasolina, que ver...... Só olhei o tamanho do olho do meu Pai crescendo e crescendo e crescendo.... eu só tive tempo de desligar o patinete e sair correndo.... subi as escadas em um pinote de dar inveja ao João do Pulo, pensei: _Vou entrar no banheiro e fecho a porta e quando a acalmar as coisas eu saio... Quando vou entrar no banheiro a porta fechada....MEU DEUS, MEU DEUS Entrei no meu quarto e fiquei atrás da porta rezando e pedindo desculpa por tudo que já tinha feito na minha vida. Ai vem a melhor parte, as minhas preces foram atendidas, meu pai vem e começa a dar porrada na porta do banheiro e diz: “leiam com soquete de português nervoso” _O BAGABUNDO DO “CARVALHO” QUANDO TU SAÍRES DAÍ VOU TE ACERTAR OS CORNOS..... Quase me mijei de tanto segurar a risada atrás da porta, e nisso meu pai desceu as escadas e voltou. Depois de uns 10 minutos o camarada que estava no banheiro saiu, branco de dar inveja ao Omo dupla ação, desconfiado e olhando para todo o lado, ai eu saí de trás da porta e expliquei oque havia acontecido, pois só assim poderia me livrar da surra, e não deu outra, quando o camarada que me livrou da surra desceu, foi uma originalíssima piada de português. Essa pelo menos eu me saí bem e não precisei me desintegrar ou virar um sapo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Porra Portugues, me lembro desse seu patinetang.... kkkkk vou lebrar alguma trapalha.. por exemplo quela que vc "sem querer" quebrou uma telha na minha cabeça naquela construção abandonada... que vc estava zoando com os moleques lá embaixo... e tempinho bão demais... com excessão da telha na minha cabeça hehehehe Abraços Marquinhos